Marina, por Carlos Ruiz Zafón
"Marina me disse que um dia que a gente só se lembra do que nunca aconteceu." - p. 07Deus sabe o quanto eu enrolei para ler esse livro. Não que ele seja ruim, ele apenas não engata o ritmo macabro e frenético que vemos a partir dos capítulos 9 ou 10 em diante. Como sempre - já que eu enrolei tanto - eu tinha que ler este livro para o colégio. Para hoje. Até ontem, estava na página 39, sendo que o livro tem 189 páginas. Então, rogando praga em todas as pessoas que me tiravam do meu silêncio infernal - porque, se eu estava sendo obrigada a ler, que me deixassem ler - eu peguei o livro, fechei a porta do quarto e comecei a leitura intensiva.
Marina foi escrito pelo Carlos Ruiz Zafón, que tem ao todo 26 livros publicados até agora, sendo apenas sete adaptados para a língua portuguesa (que sejam vendidos em livrarias comuns, pelo menos). Possui grandes títulos como A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e a trilogia composta por O Príncipe da Névoa, O Palácio da Meia-Noite e As Luzes de Setembro - além de Marina, é claro.
Vai entender por quê, mas eu gostei bastante. Achei que, para um livro consideravelmente curto - 189 páginas, o que não é muito para os outros livros que eu leio -, Zafón deu as características boas e não lhe faltou tramas. Realmente lamentei o final do livro e devo dizer que Marina é um dos únicos livros que realmente me tocaram no fundo da alma, que acrescentaram na minha mente algo de real valor, e o único livro de colégio que já me fez chorar. Se não tivesse sido obrigada a ler as benditas páginas em apenas um dia, para ser capaz de fazer a prova, não me importaria se Zafón tivesse estendido o livro mais ou continuado com um outro, dando a Marina um final diferente.




