02 setembro 2012

Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros

"A história prefere lendas a homens, prefere nobreza a brutalidade, discursos inflamados a boas ações silenciosas. A história se lembra da batalha, mas se esquece do sangue. Mas a história se lembra de mim antes de me tornar presidente. Ela só se lembrará de uma fração da verdade."
Nessa febre vampiresca em que nos encontramos, onde vampiros brilham no sol e se apaixonam perdidamente por simples mortais,  é estranho percebermos o quão distorcidas estão estes tempos atuais. Romances não são coisas para vampiros; beleza e sensualidade são apenas formas de conquista, porque a verdadeira face de um ser da noite são os dentes e a maldade, e o desejo descontrolado de sangue. Àqueles que esperam de Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros uma situação fantasiosa e moderna do conceito "vampiro", devo alertá-lhes que estão muito errados.


Como uma típica produção de Tim Burton, podemos perceber aquela pitada assustadora que não chega a ser um terror. Não recomendo que as crianças que têm medo de dentes e vampiros reais, mas que, porém, gostam de Crepúsculo ou ainda The Vampire Diaries (que são feios, mas não tanto), vejam este filme. A situação improvável de uma trama ou produção de Abraham Lincoln como caçador de vampiros nos faz imaginar que o filme seja não bom e nem um pouco aterrorizante, mas, preciso dizer, as aparências enganam. Nossa, a frase ficou confusa, né?
Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros não é para quem não gosta de ver sangue. A situação de guerra implantada na época do presidente é bem aproveitada e cortes de gargantas e banhos de sangue não é o que falta. Com um ótimo 3D que faz o sangue jorrar em nossa direção e voltar para a tela, esquecemos das gafes que a produção cometeu. Mas deixemos isso para o final.
Como sempre, antes de ir para o cinema, li algumas críticas ao filme que me deixaram receosa. A maioria delas eram negativas e repetiam os termos "impossível", "fantasioso" e "surreal" várias e várias vezes, principalmente criticando o fato de que a base para a trama seria a vida de um presidente que, de forma alguma, poderia encaixar-se como caçador de vampiros. Mas o bom do filme é isso! Tanto que, como na citação no início desse post, a última frase diz que a história apenas se lembra de uma parte da verdade. Os fatos são impossível e surreais, mas bem encaixados e a impressão que esta fala nos deixa é de que talvez isso tenha realmente acontecido e foi escondido da história - claro que, depois que saímos do clima, percebemos que é uma situação improvável e impossível mesmo.
O filme se inicia nos apresentando a um Abraham Lincoln criança, com infância ruim, e alguns minutos rápidos e tensos que revelam alguns fatos sobre a morte de sua mãe (assassinada por um vampiro). Em uma rápida passagem de tempo vemos então o futuro presidente mais jovem, porém já adulto, sedento por vingança quanto a Barts, o vampiro assassino de sua mãe. Apesar disso, ele não tem consciência do que o homem é e nem ao menso como lutar contra ele, e, por causa disso, acaba sendo ajudado por Henry, um amigo útil e verdadeiro que segue com Abraham até seus últimos dias.
Mas então vemos o que as críticas dizem com "surreal". A arma que Abraham Lincoln usa em todo o filme é um machado de prata, e com ele o presidente faz todo o tipo de coisa, mesmo que isso seja impossível. Exemplo disso é quando Henry o faz quebrar uma árvore gigante com uma simples machadada e ele cumpre a tarefa. Surreal, mas eu gostei bastante dessa parte. E devo dizer que os efeitos para esta parte e todas as outras de ação foram também estupendos e me deixaram em êxtase. Mas sejamos sinceros:  a parte do filme que simplesmente 'não colou' foi a luta com Barts entre os cavalos - ficou tudo muito exagerado. Se os dois homens fossem vampiros, talvez a cena não ficasse tão fantasiosa, e se tornasse até [só um pouquinho] aceitável. Mas enfim.
Gostei da finalização do filme e dos conflitos no trem, mas, no entanto, o que faz com que Abraham e seus amigos permaneçam vivos é muito ridículo e impossível, e outro meio para que aquilo acontecesse teria sido bem melhor. Mas não culpemos inteiramente a produção, porque eu não li o livro e não tenho a mínima ideia  se o livro descreve a cena assim ou foi apenas um mal acréscimo por Tim Burton e Timur Bekmambetov, os dois 'cabeças' do filme.
O que gostei de Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros foi exatamente as cenas de ação, o resgate aos vampiros malvados e aterrorizantes e, principalmente, o final. Eu saí rindo do cinema, juro para vocês. Abraham Lincoln não me deixou pasmada com a atuação, mas eu preferi Henry aos olhos e ouvidos, devo dizer. O roteiro, que incomodou tantas pessoas, não me deixou nervosa e senti como se as palavras fluíssem pela história, que não é menos fantasiosa do que as cenas de ação. Minhas críticas ao filme não são muito negativas.
"Um rapaz apenas bebe assim para beijar uma garota ou matar um homem."

2 comentários:

  1. Eu já queria ver/ler ele com essa sua opinião ai que quero mais, tirando que esse sim e um verdadeiro filme de vampiros (minha opinião e claro) e mesmo você falando com coisas meio "surreais" deve valer a pena agora só espero o dinheiro né KKKK

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  2. Adorei a resenha, quero muito ler esse livro mas tenho outros na frente.
    Mas um dia irei ler... rsrs

    Beijos,
    www.enaspaginasdeumlivro.blogspot.com.br

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