Laços do Espírito - Academia de Vampiros, por Richelle Mead

Você já sabem muito bem que eu sou tiete da Richelle Mead. Acho, na verdade, uma pena que a série esteja acabando. Torço para que depois do sexto livro resolvam fazer algum spin-off. Que seja da Sidney e suas aventuras como alquimista. Ou do Dimitri e seu período Strigoi. Mas não deveriam terminar. Para esta série, seis livros é muito pouco. Poderiam ter quinze, e ainda seriam todos maravilhosos.

Não só porque o Dimitri é um guardião durão lindo e maravilhoso. Não só porque a Rose é a pessoa mais ignorante que eu já vi na vida. Não só porque a Lissa é uma amiga que eu adoraria ter. Não só porque o Cristhian é um fofo. Não só porque a Mia é uma barraqueira. E não só porque o Victor é um daqueles vilões que a gente ama odiar. Seja o que for, o que nos faz amar Academia de Vampiros é tudo. O livro, a essência, os personagens e as tramas. Tudo.

E neste livro não vemos menos do que isso. Cada página era uma delícia de ler. Fossem as páginas emocionantes, as calientes, as cheias de adrenalina ou as angustiantes, fiquei mais feliz à medida que lia. Sabe aqueles livros que você lê e chega numa parte em que as coisas dão certo, mesmo que temporariamente, e você fica olhando pro espelho, encarando o seu rosto com um sorriso indo de um canto a outro, pulando em cima da cama e sentindo o coração quase enfartar? Pois é, Laços do Espírito é um livro desses.

Tudo começa com o teste físico dos aprendizes. Esta prova determinará quem irá se formar e virar um guardião. Aquela adrenalina, toda a pressão que Rose sente caem em cima dos seus ombros. Você lê essas páginas sentindo exatamente o que Rose sente. Então, o teste dela começa. Richelle Mead não nos dá muitos detalhes. Ela explica isso pelo fato de Rose estar absorta demais e não sentir o tempo passar. Diz que fez as coisas automaticamente. Tanto que, no final do teste, ela pergunta "É só isso?". Mas, na minha opinião, foi apenas a forma que a autora achou para não quebrar a cabeça descrevendo o teste. Porque Rose demorou mais de uma hora para fazer a prova. E ela foi a melhor de todos os aprendizes. E o teste dela foi mais.difícil.que.dos.outros porque já havia matado dezenas de Strigoi antes mesmo de se formar, coisa rara que nem ao menos Ed, o segundo melhor aprendiz e um dos melhores amigos de Rose, fez.

Pois bem, a formatura acontece. Rose cumpriu a promessa que havia feito para sua mãe no livro anterior. Ela dissera que terminaria a escola e se formaria. E ela o fez. Portanto, quando os novos guardiões chegam à Corte para serem designados aos Moroi que deverão proteger, Lissa, Rose, Ed e Mia fogem das terras reais e partem para a aventura de Rose.

O que ela quer fazer é praticamente impossível. No entanto, ela dá um jeito. O objetivo deles era entrar na prisão Tasarov, onde Victor Dashkov, torturador de Lissa e irmão do único homem que poderá ajudar Rose para trazer Dimitri de volta à vida, está aprisionado. Quando cumprem seu objetivo, os jovens e Victor escondem-se em um hotel em Las Vegas, onde encontram Adrian, agora namorado de Rose. Tudo desenrola-se a partir daí, e pararei de contar ou resenharei o livro inteiro aqui.

Agora, o que não gostei mesmo, foi Dimitri não querer ver Rose. No início, eu entendia o porquê. Ele fez coisas terríveis com ela. Foram terríveis mesmo, mas ela estava disposta a perdoá-lo. Ela apenas queria vê-lo. Chorei quando ela chorava, chorei quando ela tentava permanecer forte e começava a pensar em como Dimitri não a queria mais. Me derramei em lágrimas. Faço isso em todo bendito livro de Academia de Vampiros (menos o primeiro, que não tem nenhuma parte muito emocionante).

O livro é cheio de prós, e em minha humilde opinião tem apenas esse contra. Portanto, recebe cinco cupcakes. Se pudesse dar mil, daria mil. Se pudesse dar um milhão, daria um milhão. Se pudesse dar nota dez, eu daria nota onze. Sabe aquela velha história dos prós e contras? Pois é, em Laços do Espírito temos prós e contra.